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sábado, 26 de maio de 2012

PAIS APOSTÓLICOS - POLICARPO

A paz de Cristo Jesus esteja com todos.

   Sobre a infância de Policarpo, sua família e formação, não temos informações precisas, contudo há documentos históricos sobre ele e segundo esses, nasceu em uma família cristã por volta dos anos 70, na Ásia Menor (hoje Turquia). Em sua juventude costumava se sentar aos pés do apóstolo do amor. Também teve a oportunidade de conhecer Irineu, o mais importante erudito cristão do final do segundo século.
  Graças a alguns testemunhos fidedignos, podemos reconstruir sua personalidade. Tendo ainda conhecido Inácio de Antioquia, foi consagrado bispo da igreja de Esmirna. Inácio em seu trajeto para o martírio romano em 116, escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna.
   Quanto aos aos escritos de Policarpo, o único que restou desse antigo pai da igreja foi a sua epístola aos filipenses, exortando-os a uma vida virtuosa de boas obras e a permanecerem firmes na fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu estilo é informal, com muitas citações do Velho e do Novo Testamentos. Há também, os depoimentos de Eusébio e Irineu, relatando a intimidade de Policarpo com testemunhas oculares do evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João.
   Em meados do século I, Policarpo visitou Roma a fim de representar as igrejas da Ásia Menor que observavam a Páscoa no dia 14 do mês de Nisan. Em Roma tentou fazer um acordo com o papa Aniceto, sobre o dia da celebração litúrgica da festa da Páscoa. Apesar de não chegar a um acordo com o papa sobre este assunto, ambos mantiveram uma amizade. Ainda estando em Roma, Policarpo conheceu alguns hereges da seita dos Valencianos. Encontrou-se com o heresiarca Marcião, que ao vê-lo perguntou ao santo se o conhecia,  Policarpo respondeu: "Sim, eu te conheço. És o primogênito de Satanás". 
  De acordo com o testemunho de Santo Ireneu, Policarpo escreveu várias epístolas a diversas comunidades e a bispos em particular. A única que nos chegou foi a remetida para a igreja de Filipos.
  

A Carta de Policarpo

   
Apesar de escrever várias cartas, a única preservada até a data, foi a endereçada aos Filipenses no ano 110. Nesta carta, Policarpo enfatiza a fé em Cristo, e o desenvolvimento da mesma através do trabalho para Cristo na vida diária. Também faz alusão à carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses e usa citações diretas e indiretas do Velho e Novo Testamento, atestando-os como canônicos. Na mesma carta, ele repete muitas informações recebidas dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, ele é uma testemunha valiosa da vida e da obra da Igreja primitiva no segundo século.

   
Policarpo exorta os Filipenses a uma vida virtuosa, às boas obras e à firmeza, mesmo ao preço de morte se necessária, uma vez que tinham sido salvos pela fé em Cristo. As 60 citações do Novo Testamento, das quais 34 são dos escritos de Paulo, evidenciam seu profundo conhecimento da Epístola do Apóstolo aos Filipenses e outras do mesmo Testamento. Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas antes em fortalecer a vida diária prática dos cristãos.
 
O Martírio de Policarpo
     
   O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte, em uma carta enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Este registro é o mais antigo martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as autoridades civis tentaram persuadí-lo a abandonar sua fé em sua avançada idade, a fim de alcançar sua liberdade. Ele entretanto, respondeu com autoridade: “Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei e Salvador?
    No ano 156, em Esmirna, Policarpo é colocado na fogueira. Milagrosamente as chamas não o queimaram. Seus inimigos então o apunhalaram até a morte e depois queimaram o seu corpo numa estaca. Depois de tudo terminado, seus discípulos tomaram o restante de seus ossos e o colocaram em uma sepultura apropriada. Segundo a história, os judeus estavam tão ávidos pela morte de Policarpo quanto os pagãos, por causa de sua defesa contra as heresias.  
   Policarpo, Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e Papias foram as pessoas mais importantes e que tiveram relação mais ou menos direta com os apóstolos e escreveram para a edificação da Igreja, geralmente entre o primeiro e segundo século. 

TRECHO DE ESCRITOS ORIGINAIS:
"Por causa disso, cinjam suas cinturas, "sirvam o Senhor no temor" e na verdade, como aquele que tem renunciado ao inútil, as conversas vãs e os erros da multidão, e "acreditado nAquele que ressuscitou nosso Senhor Jesus Cristo da morte, e Lhe deu a glória", e um trono a sua direita. Por Ele todas as coisas no Céu e na Terra estão subordinadas. A Ele todo espírito serve. Ele vem como o Juiz dos viventes e dos mortos. Deus pedirá conta do sangue dEle por aqueles que não acreditam nEle. Mas Aquele que ressuscitou dentre os mortos também nos ressuscitará, se fizermos sua vontade e seguirmos seus mandamentos, e se amarmos o que Ele amou, abstendo-nos de toda injustiça, arrogância, amor ao dinheiro, murmurações, falsos testemunhos, "não pagando mal por mal, injúria por injúria", golpe por golpe, maldição por maldição, mas sendo misericordiosos por causa do que o Senhor disse em seus ensinamentos: "Não julguem para não serem julgados; perdoem e serão perdoados; sejam misericordiosos e alcançarão misericórdia; pois com o que medirem vocês serão medidos"; e uma vez mais: "Abençoados são os pobres, e aqueles que são perseguidos por causa da verdade, pois deles é o Reino de Deus". (Epístola aos Filipenses).

   Espero que após os irmãos tomarem conhecimento da história de um dos mártires da igreja contemporanea, não se intristeçam, não desfaleçam os joelhos, pois Policarpo, segundo a palavra de Deus, foi e é um bem aventurado. "bem aventurado sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa." (Mt5.11). 

   Em Cristo, um forte abraço e que Deus te abençoe.


   

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